Posts filed under ‘Resenhas’
A arte ocupa a Paulista
Itaú Cultural revive Chico Science em mais uma edição do elogiado Projeto Ocupação
publicado no Guia da Semana em 19/03/2010
crédito: Divulgação Itaú Cultural![Ocupação Chico Science](https://rafaelgregorio.wordpress.com/wp-content/uploads/2010/03/ocupacao-chico-science_itau-cultural_foto2-cia-de-foto.jpg?w=455)
As redondezas da estação Brigadeiro do metrô, na Avenida Paulista, concentram em alguns quarteirões parte da melhor produção artística de São Paulo na atualidade. E o Itaú Cultural, fincado entre a Casa das Rosas e o SESC Paulista, vem atraindo cada vez mais a atenção do público da cidade.
A evidência se justifica. Nos últimos meses, o instituto consolidou sua reputação com eventos gratuitos sobre artes e conhecimento sobremoderno, marcados por curadorias de alta qualidade.
Além do acervo fixo, composto por um museu de moedas e medalhas luso-brasileiras e uma midiateca, o Itaú Cultural desenvolve projetos relevantes na área da literatura.
No entanto, seu maior destaque são as exposições temporárias batizadas de Projeto Ocupação.
Ricas de material inédito e intimista, as mostras inserem a memória, as influências e os processos criativos de grandes artistas na arquitetura do local, estabelecendo comunicações interessantes entre obras e galeria.
O Projeto Ocupação já prestou honras ao teatrólogo Zé Celso e ao poeta Paulo Leminski, dentre outros, e nesta 5ª edição traz um recorte sobre o cantor e compositor Chico Science. (mais…)
As mil faces da Augusta
Exposição em cartaz no CineSesc retrata a rua que há décadas simboliza a diversidade da metrópole
publicado no Guia da Semana em 01/01/2010
Augusto, no dicionário, remete ao sagrado e ao divino. Algo ou alguém digno de respeito e veneração. Sobrenome de imperadores na Roma Antiga e, em séculos menos distantes, adjetivo qualificador da arte circense.
Para quem vive na cidade de São Paulo, Augusta significa “coração pulsante”. O sobrenome de César dá nome à via que liga o Centro aos Jardins e alia em um mesmo cenário luxo e lixo, certo e errado, passado e futuro.
Habitada por comerciantes, prostitutas, executivos, mendigos, cinéfilos, gays, modistas, retrôs e artistas em geral, a Rua Augusta é hoje um dos mais importantes pontos de referência cultural da cidade. Sobreviveu ao abandono do poder público e ao preconceito, e hoje representa um marco da tolerância e do respeito à diversidade.